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Religião e Agricultura

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7. Religião e Agricultura ​ Pode parecer muito estranho o simples fato da palavra religião aparecer no contexto de agricultura e de escola agrícola. Como no geral até mesmo os especialistas em educação não lidam com o tema ou as pessoas do senso-comum nada sabem das relações possíveis entre religião e agricultura, faz-se necessário, portanto, preparar o contexto em que se evidência a relação desses temas que ao olhar vulgar são díspares. Vamos, então, preparar o cenário, em tons bem escolares, para que percebamos o quanto religião e agricultura se relacionam. E antes que o vulgo cristão já venha com suas posologias de “encapaetar” tudo, já avisamos que palavras como “pastor”, “cordeiro”, entre várias outras, são metáforas retiradas exatamente do mundo rural. Na recente “reforma do currículo escolar da educação básica” (2017-18) tivemos, de modo autoritário, a introdução do conteúdo religião entre os conteúdos curriculares da Educação Fundamental I e II. Apesar da forma como foi

Seminários de Pedagoga da Terra

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Prof. Me. Cídio Lopes. Aprender com a terra. 6. Seminários de Pedagogia da Terra Na cultura difusa do que é o mundo do trabalho, encontramos o bordão de que é preciso “ser qualificado”. Ideia que move as “escolinhas de informática” ou qualquer discurso dos “Postos de Atendimento ao Trabalhador – PAT. Porém, se consultarmos as pessoas que se submeteram os vários “cursos” não será estranho ouvir desses sujeitos o sentimento de frustração. A sensação que eles irão nos descrever será de que sua realidade continua parecida com a de antes dos cursos. A profusão da cultura de que é sempre culpa do trabalhador a sua exclusão da vida econômica produz na mesma força o fenômeno dos “cursos” que não servem para nada; exceto para as escolinhas de cursos vazios de algum poder transformador da vida do trabalhador.   SABER SOBRE A TERRA Desse cenário podemos levantar dois temas. O primeiro é o do saber poder. O segundo é quais métodos são os mais apropriados para se promover um “cu

Não dá lucro!

O papo de que não dá lucro, logo, não dá para cuidar disso é um tipo de pensamento neoliberal que tem virado mantra pelo brasil a fora. Contudo, a força dessa “verdade" me parece não ser ela própria. Se ligarmos as rádios, sobretudo aquela que toca notícias, lermos os jornais, etc, logo veremos que tal ideia é dita de várias formas todos os dias. E claro, para dizer e divulgar tais ideias se faz necessário dinheiro. Dinheiro que nunca sabemos seus caminhos, de como ele chega até a boca ou à pena de quem divulga como óbvia tais ideias neoliberais. E de como é “ridículo” a ideia de um ente chamado Estado; de como é ridicularizada a função do Estado como mediador e de ente que age pensando um conjunto de bens; que garante para além da flutuação própria das coisas da vida, uma certa estabilidade; que investe em coisas propriamente de gente, como educação, etc.   Sabemos que rádio e jornal vive de propaganda, decorre daí o ponto central da sobrevivência dos veículos de in

Sobre o desafio da Agricultura em Juquitiba 2

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No primeiro texto que escrevi sobre agricultura em J uquitiba destaquei alguns problemas. Procurei detectar o que são problemas gerais e o que seria específico daqui. Recapitulando, viver sobre a terra sem estar ligado a ela é o problema maior da agricultura juquitibense . Esse estar sem estar é gerado aqui pelo fenômeno de cidade satélite, isto é, os vários sítios têm a função de lazer e seus proprietários moram em São Paulo Capital ou nas imediações.   Fenômeno que não é de todo ruim, pois essa mesma população de proprietários, pois habitantes da cidade onde os fluxos de saberes são abundantes, poderia, em tese, ter mais acesso à informação sobre a terra; mais capital, etc. Contudo, o efeito acaba por ser negativo mesmo, uma vez que o lazer é o foco e os sítios passam a ser uma extensão da vida urbana no meio rural. Trazendo, sobretudo, os aspectos negativos da vida urbana que é o de ignorar a dinâmica da terra, dos ciclos da terra.   Dentro dessa dinâmi

O desafio da Agricultura em Juquitiba

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Juquitiba, terra das águas, tem um pequeno grupo, comparado a população municipal, que se dedica à atividade agrícola e agropecuária. Quando procuramos sobre a cidade na internet não será raro encontrarmos referências que a descreva como um santuário de preservação do verde, local de preservação de mananciais, etc. Ademais, a zona rural do município também é lugar de muitos sítios de “lazer”, levando-nos à afirmar, assim de modo informal, que   essa modalidade de ocupação da zona rural é o maior em números.   A agricultura na zona rural de Juquitiba, portanto, é minoritária, e suas terras rurais são ora “preservadas”, ora ocupadas na forma de lazer. Se compararmos com outras municipalidades podemos dizer sem medo de errar que a ruralidade do município é fortemente marcada por uma percepção urbana da vida. São pessoas com suas vidas profissionais calcadas na cidade que habitam esporadicamente, como   “sitiante de lazer”, ou mesmo “urbanos" que decidem viver em “m